DE CAVALARIA
Me chegou um cavaleiro
De tristíssima figura ...
Cavalgava, cavalgava, cavalgava...
Tormento, amargo tormento.
Praticava um suicídio estético...
Esquizofrenia? Esquisitisse? Misantropia?
Delirava... delirava... delirava.
Melancolia, doce melancolia.
Me chegou um nobre
Em vestes rotas: sarna, escarlatina, tétano...
Olhos esbugalhados, quase uma múmia...
Feiúra, dilacerante feiúra...
Um tristíssimo cavaleiro
De amarga figura montado em jegue tropo –
Um leão combalido, destroçado,
Degladeando-se com ventos, espíritos, bruxas...
Espanto, azedo espanto.
Um fidalgo ao avesso
Usou adaga, espada, escudo
Era só uma armadura.
Feriu-me o peito sem adorar minha formosura...
Nenhum feito heróico...
Um patife travestido de doce figura.
Romance, hediondo romance.
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Fidélia,
ResponderExcluirQue bom que agora vou poder vir seus Poemas postados aqui.
Saudades de você.
Beijos saindo de Ilháus para Campina Grande.
Um cavaleiro da tristíssima figura... da tristíssima... íssima! Puxa Fidelia, acho que conheço esse cavaleiro...
ResponderExcluirMuito boa Fi...
ResponderExcluir...Como todas as suas poesias,
cheias de vc.
beijo
Parabens amiga o blog está belo igual você e suas poesias assim cmo sua voz são lindas. beijos e parabéns
ResponderExcluirValdir
O AMOR E O ÓDIO SE MISTURAM MESMO... QUE LOUCURA. BELO, MAS DOLOROSO.
ResponderExcluirCaríssima Fidélia Cassandra;
ResponderExcluirVejo-a sempre acompanhando os blogs e notíciários de Esperança/PB; e fico me perguntando qual a sua relação com esta pequenina cidade.
Sou poeta e estou escrevendo um livro sobre SILVINO OLAVO, que devo encaminhar para a editora esta semana (espero!). Tenho um blog que conta a história deste município, se desejar conhecer visite o link a seguir:
http://memoep.tk
http://historiaesperancense.blogspot.com
Att.
Rau Ferreira
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