Toilette da cachorrinha
tempos em tempos me pegam
me trucidam numa máquina de lavar
tosam meu pelo
e põem perfume de rapariga em mim
pagam a taxa
- volto pra casa tremendo .
terça-feira, 27 de julho de 2010
quarta-feira, 21 de julho de 2010
quinta-feira, 8 de julho de 2010
POEMA DE LEMBRAR
No petisqueiro,
Belinha guardava douradas bananas,
Rapadura dura e batida,
Mel de uruçu, de engenho
E farinha.
Do corredor miúdo, sentia-se
O aroma exalado pelo móvel
Mais cobiçado da casa.
À tarde, os tesouros, trancados à chave,
Eram retirados, em liturgia, e distribuídos
Em fartas porções.
Amava o cheiro das bananas
Amassadas e cobertas com açúcar cristal.
Já no fogão - para o jantar -
Arroz de leite, jerimum caboclo,
Bife de carne verde.
De sobremesa -
O beijo da minha avó.
No petisqueiro,
Belinha guardava douradas bananas,
Rapadura dura e batida,
Mel de uruçu, de engenho
E farinha.
Do corredor miúdo, sentia-se
O aroma exalado pelo móvel
Mais cobiçado da casa.
À tarde, os tesouros, trancados à chave,
Eram retirados, em liturgia, e distribuídos
Em fartas porções.
Amava o cheiro das bananas
Amassadas e cobertas com açúcar cristal.
Já no fogão - para o jantar -
Arroz de leite, jerimum caboclo,
Bife de carne verde.
De sobremesa -
O beijo da minha avó.
Assinar:
Postagens (Atom)