POEMA DE LEMBRAR
No petisqueiro,
Belinha guardava douradas bananas,
Rapadura dura e batida,
Mel de uruçu, de engenho
E farinha.
Do corredor miúdo, sentia-se
O aroma exalado pelo móvel
Mais cobiçado da casa.
À tarde, os tesouros, trancados à chave,
Eram retirados, em liturgia, e distribuídos
Em fartas porções.
Amava o cheiro das bananas
Amassadas e cobertas com açúcar cristal.
Já no fogão - para o jantar -
Arroz de leite, jerimum caboclo,
Bife de carne verde.
De sobremesa -
O beijo da minha avó.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário